Depois de alguns dias após a maioria dos vereadores terem admitido – com o resultado da votação – que parlamentar de Jauru pode sim agredir qualquer pessoa no plenário da Câmara, mesmo que seja idoso, o assunto ainda repercute na cidade, nas redes sociais e nos comentários constantes da matéria divulgada neste site.
Um velho ditado diz que “a violência começa quando acaba o argumento”. E Toninho Borá não assimilou o golpe da denúncia contra si e membros da sua família. Ao ser confrontado com o denunciante, apelou para a ignorância. Mostrou despreparo com o trato da coisa pública. Deixou evidente que não reúne condições psicológicas para sofrer pressão e críticas.
Mas o ato do vereador e a votação na Câmara merecem ser analisados em dois aspectos: o político e o humano.
Politicamente, apenas ficou demonstrado que os cinco colegas de Borá que votaram pela não apuração da agressão e, consequentemente, pela possibilidade de punição por falta de decoro, não estão nem um pouco preocupados com os membros da sociedade que representam.
A defesa da população alardeada por aqueles parlamentares é pura “balela”. Não passa de discurso. Típico de políticos que tem o fisiologismo e o corporativismo como métodos de fazer política. Afinal, amanhã pode acontecer com um deles e daí, certamente terão o beneplácito dos fiéis companheiros. Vejam que os parlamentares nem aceitaram analisar como e em que circunstâncias a agressão ocorreu. Atestaram que, na Câmara, impera a impunidade e pronto.
Se tivessem criado uma comissão para investigar chegariam a conclusão, por exemplo, que o agressor teria agido em legítima defesa, pois poderia ter sido agredido verbalmente. Nesse caso estariam justificando a atitude de Toninho Borá e evitando para o vereador um desgaste político.
Pelo lado humano, a violência não tem qualquer cabimento. Alguns comentários na matéria divulgada no site tentam denegrir a imagem e a conduta da vítima de agressão. Os seus hipotéticos defeitos deram ao vereador agressor a autoridade para fazer justiça com as próprias mãos, agredindo-o? No mundo civilizado o individuo busca o Judiciário quando se sente injustiçado, objetivando reparar danos a sua moral, à sua integridade e ao seu patrimônio.
Por fim, Toninho Borá foi vítima do próprio destempero emocional. Politicamente, seus colegas que impediram a investigação acabaram por manchar o currículo do parlamentar do PROS. Preferiram o caminho fácil da impunidade e deixaram de dar um atestado de que a agressão poderia ter sido em legítima defesa, como alega o próprio vereador.
porTVCO
Foto: Ferreira Júnior