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Mirassol D'Oeste

Exames descartam febre aftosa e estomatite vesicular em Mirassol D'Oeste


Por Viviane Petroli/Olhardireto

Foram descartadas as possibilidades de supostos casos de febre aftosa e estomatite vesicular em bovinos no município de Mirassol D'Oeste. A suspeita havia sido detectada em uma propriedade no município, localizado a 300 km a Oeste de Cuiabá, no dia 27 de março por técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) durante a realização de procedimentos padronizados após o recebimento de animais oriundos de outro Estado. Exames realizados Laboratório de Referencia Nacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Lanagro-MG) identificaram Parapoxvirus, agente causal da pseudovaríola, doença não pertencente à lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). 

 

De acordo com o Indea, no dia 27 de março técnicos do órgão compareceram a uma propriedade em Mirassol D'Oeste com o objetivo de obedecer os procedimentos padronizados para vigilância no local, que havia recebido animais de outro Estado. Durante avaliação dos animais constatou-se sinais clínicos compativeis com a síndrome vesicular.

 

O Indea revela terem sido encontrados 21 bovinos com lesões vesiculares. Os técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso no dia 28 de março realizaram coletas de amostras dos 21 animais doentes para exame laboratorial, além de terem examinados 289 bovinos, 23 ovinos e dois equinos.

 

Além das amostras laboratoriais, foram preenchidos documentos sanitários pertinentes e feita a interdição da propriedade rural para o trânsito de animais vivos, produtos, subprodutos de origem animal e materiais possíveis veiculadores do agente etiológico. "A totalidade dos bovinos existentes na propriedade, de acordo com Guias de Trânsito Animal, é proveniente de outra unidade federativa", declarou o Indea em nota emitida nesta terça-feira, 31 de março.

 

As amostras coletadas de epitélio e soro sanguíneo dos bovinos foram recebidas pelo Laboratório de Referencia Nacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Lanagro-MG) no dia 29 de março. As análises descartaram a ocorrência de febre aftosa e estomatite vesicular. Testes complementares identificaram a presença de Parapoxvirus, agente causal da pseudovaríola, nos animais. "Trata-se de zoonose ocupacional que acomete principalmente ordenhadores, apresenta-se com sintomatologia branda e caracteriza-se principalmente por lesões cutâneas nas mãos e mais raramente antebraço. Em bovinos, principal espécie acometida, as lesões nas mucosas e pele são verificadas na boca, focinho e úbere; a morbidade é baixa e normalmente evolui para autocura", explica o Indea.

 

Conforme o Indea, na terça-feira foram iniciadas atividades de vigilância sanitária veterinária nas seis propriedades vinculadas a propriedade onde os casos foram constatados. Uma equipe do órgão foi encaminhada para cada propriedade com o intuito de dar celeridade nas nas investigações epidemiológicas e desencadeamento das ações necessárias. Nos locais estão sendo executadas ações de mitigação de risco, principalmente: Restrição de trânsito animais vivos, produtos, subprodutos de origem animal e materiais possíveis veiculadores do agente etiológico.

 

Casos foram registrados em 2014

 

Em 2014, no mês de julho, foram confirmados cerca de 54 casos de estomatite vesicular no Brasil, dos quais 36 em Mato Grosso, principalmente na região de Castanheira, ao norte do Estado. Conforme o Agro Olhar comentou na época, a suspeita da doença em Mato Grosso surgiu no dia 20 de junho de 2014, sendo confirmada no dia 21 de julho. Em 2014 O primeiro caso registrado da doença em Mato Grosso foi em um muar, seguido de um bovino, que estava na mesma propriedade, logo em seguida.

 

Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a estomatite vesicular é uma doença viral, de cura espontânea e se assemelha (sintomas) a febre aftosa. Entre os sintomas que se assemelham a febre aftosa estão lesões na boca; narinas, no focinho, nas patas e úberes; salivação abundante e dificuldade na locomoção.

 

A estomatite vesicular afeta bovinos, equídeos, bubalinos, pequenos ruminantes e suínos.

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