Cinco pessoas foram denunciadas por lavagem de dinheiro em ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) com base nas investigações da Operação Ararath. Entre elas está a ex-secretária estadual de Cultura, Janete Riva, mulher do ex-deputado estadual, José Riva (PSD), que está preso, e é apontado na ação como o mandante e beneficiário final do esquema financeiro. Porém, o ex-parlamentar não está na lista dos denunciados pelo crime.
A reportagem tentou entrar em contato com a defesa da família Riva, porém, as ligações não foram atendidas. Segundo o MPF, os cinco foram denunciados, no dia 11 de março, diante das provas colhidas no decorrer de dez meses de investigação realizada em conjunto com a Polícia Federal. Quatro empresários e a mulher do ex-parlamentar teriam utilizado banco clandestinos para ocultar as movimentações financeiras.
Em suas declarações que constam do inquérito do MPF e PF, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, delator das fraudes envolvendo membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, declarou que em maio de 2008, o então representante da empresa L.B Notari, Avilmar de Araújo Costa, fez três transferências para a Globo Fomento, de propriedade do delator, para pagar parte de uma dívida em nome de José Riva.
A sede da LB Notari fica na zona rural de Juara, município a 690 km de Cuiabá. A defesa do empresário informou à reportagem que ainda não teve acesso à denúncia. A empresa já havia sido citada pelo delator do esquema em outra ação penal por supostamente ter feito uma transferência acima de R$ 200 mil para a Globo Fomento, também a mando de Riva.
O MPF apontou ainda que no ano de 2011, foram realizadas transações financeiras envolvendo os Supermercados Modelo e a Multimetal no esquema de lavagem de dinheiro. Em fevereiro daquele ano, Júnior Mendonça teria feito um empréstimo milionário no BIC Banco em nome da Amazônia Petróleo. O empréstimo tinha como destino final os Supermercados Modelo e a Multimetal.
No mesmo dia que o empréstimo foi disponibilizado à Amazônia Petróleo, a maior parte do dinheiro foi transferida para a conta do Modelo, que tem Altevir Pierozan Magalhães como diretor-presidente, com o objetivo de quitar dívida do ex-deputado estadual José Riva. A reportagem tentou entrar em contato com a defesa do empresário, mas não houve retorno até a publicação da matéria.
Outra parte do empréstimo no BIC Banco teria sido transferida para a Multimetal, empresa de Altair Baggio e Guilherme Lomba de Mello Assumpção, para o pagamento da primeira parcela, de um total de cinco, relativa à compra de 40% da empresa por Janete Gomes Riva. Porém, desde 2011 a formalização da entrada de Janete na sociedade nunca foi feita perante a Receita Federal ou a Junta Comercial, conforme a denúncia do MPF.
Ao G1, o empresário Guilherme Lomba ressaltou que já prestou todas as informações solicitadas pela Polícia Federal, no inquérito aberto para apurar as denúncias, e ressaltou que realizou um empréstimo no valor de R$ 700 mil da Amazônia Petróleo. “Mas o dinheiro seria para pagar as contas”, frisou.
Uma cópia da denúncia proposta pelo Ministério Público Federal deverá ser encaminhada ao Ministério Público Estadual, para a adoção das medidas necessárias na esfera estadual.
Ações
Até o momento, as investigações da operação Ararath provocaram sete denúncias por parte do MPF contra um total de 14 pessoas. Por conta das denúncias, sete processos tramitam atualmente na Quinta Vara da Justiça Federal (a primeira ação penal se dividiu em dois processos).
Todo o enredo de crimes praticados pelo grupo, conforme aponta a denúncia, tem como pano de fundo crimes contra o sistema financeiro nacional, em que factorings e outras empresas alimentam os envolvidos no esquema com recursos ilícitos obtidos por meio de empréstimos concedidos por bancos clandestinos.
Prisão
O ex-deputado estadual José Riva foi preso no dia 21 de fevereiro deste ano acusado de desviar R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), durante a 'Operação Imperador', deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A prisão dele foi decretada pela Justiça para não prejudicar atrapalhar as investigações do Ministério Público Estadual (MPE) acerca do suposto desvio de dinheiro da Assembleia no período em que presidiu a instituição. Ele ocupou cadeira de deputado estadual por mais de 20 anos e alternou entre exercer as funções de presidente e de primeiro-secretário, sempre como ordenador de despesas.
Foto: Rogério Florentino
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