A mãe do bebê de 4 meses que foi encontrado morto enterrado no quintal de uma casa, no município de Sorriso no início do mês, confessou o crime ao delegado José Getúlio nesta segunda-feira (24).
No depoimento, Ramira Gomes da Silva afirmou que asfixiou a criança com um travesseiro e depois cortou os pés e mãos do bebê na pia da cozinha.
O bebê B.S.O., de quatro meses foi encontrado no último dia 17 nos fundos da casa, no bairro Benjamin Raiser, onde a mãe morava há poucas semanas.
De acordo com a Polícia Civil, ela confessou que matou o filho sufocando-o enquanto ele dormia em um carrinho de bebê. Na primeira tentativa, pressionando um travesseiro contra a cabeça do pequeno para asfixiá-lo, mas depois de um minuto notou que ele estava vivo, respirava e chorava.
Novamente ela fez o mesmo movimento para asfixiar o bebê, pressionando o travesseiro com mais força sobre a cabeça por aproximadamente três minutos e que não ouviu nenhum barulho, pois alegou que estava agitada com a situação. Após esse tempo, ela o pegou no colo e constatou que ele não estava respirando e não tinha nenhum outro movimento.
Ainda conforme depoimento, depois de ir ao banheiro, ela pegou o corpo do bebê e o colocou na pia da cozinha, onde cortou braços e pernas, a fim de facilitar a ocultação do cadáver. Em seguida, colocou os membros do filho dentro de duas latas de bebida láctea, embalou-as em sacos de lixo e depositou na lixeira.
O restante do corpo do bebê, ela levou até o buraco e depois cobriu com o restante da terra que estava solta, cavou mais um pouco de terra e terminou de encher o lugar.
Após o crime, a assassina afirmou que lavou a pia com um produto para limpar panelas e que jogou fora a roupa que usava no momento. Todo o ato criminoso, ela informou que terminou ao amanhecer do dia.
No dia seguinte, por volta das 10h, ela confessou que foi a um supermercado onde comprou produtos como bicarbonato de sódio, álcool e água sanitária, que usou para terminar de limpar a cozinha. Depois disso, ela descansou na varanda da casa e à tarde foi ao dentista, seguindo depois para a rodoviária, onde consultou horários de ônibus para fugir.
A Fuga
De volta à casa no bairro Benjamin Raiser, a investigada relatou que terminou de arrumar a mala, tomou banho e foi, por volta da meia noite, para a rodoviária, onde comprou uma passagem para Cuiabá. Na Capital, ela chegou no sábado de manhã e conseguiu comprar outra passagem, desta vez para Porto Velho, embarcando por volta das 10h. No domingo à tarde, chegou à capital de Rondônia.
Ela dormiu na rodoviária e na manhã da segunda-feira, 17 de maio, comprou uma passagem de barco a fim de seguir até Manaus. Ainda na segunda-feira, ela informou que recebeu mensagem de uma familiar pedindo explicações e falando que a Polícia Civil havia localizado o corpo do bebê. Em seguida, ela foi para a barca, permanecendo no local até o momento em que foi presa, na manhã da terça-feira, por policiais civis de Porto Velho.
A mulher alegou que matou a criança para seguir com um relacionamento. A investigada tem outra criança, de dois anos, que é criada pelos avós paternos. Natural do estado do Acre, ela morava em Sorriso desde fevereiro deste ano.
O delegado José Getúlio concluiu o inquérito nesta terça-feira, com o indiciamento da investigada por homicídio qualificado (meio cruel, motivo torpe, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima) e ocultação de cadáver. A Polícia Civil segue a investigação para apurar se há envolvimento de terceiros no crime.
Ela será transferida para a Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
Além de Curvelândia, serão beneficiados os municípios de Comodoro, Lambari d’Oeste, Mirassol d’Oeste e Reserva do Cabaçal.
Trabalhador dependia de doações de vizinhos para se alimentar e vestir.
Foram adquiridas duas ambulâncias, sendo uma do tipo D, conhecida como Unidade de Terapia Intensiva Móvel (UTI Móvel), e outra Semi-UTI.
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