A quadrilha especializada em falsificação de diplomas e certificados, presa na quinta-feira (27) durante a 'Operação Falsário', vendia os documentos por valores que variavam entre R$ 750 até R$ 90 mil.
Em Mato Grosso a Polícia Civil identificou duas pessoas que estão atuando através dos certificados e documentos falsos: um médico e um agente penitenciário. Eles ainda não foram ouvidos ou presos.
Entre os beneficiários da fraude estão pessoas de várias partes do Brasil, servidores públicos e médicos, que compraram o diploma. As escolas e faculdades envolvidas no esquema estão sendo investigadas.
Foram identificadas envolvidos no esquema em Mato Grosso nas cidades de Cáceres, Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Mirassol D’Oeste, Porto Esperidião, Rio Branco, Salto do Céu, Lambari D’Oeste, Jaciara Rondonópolis, Cuiabá e em Primavera do Leste.
Em Minas Gerias, na cidade de Várzea de Palma e em São Paulo nas cidades de Limeira (SP), Americana (SP), Fernandópolis (SP), Santa Fé do Sul (SP), Jales (SP) e na capital.
Em todas as cidades foram cumpridos mandados de busca ou de prisão. Em cada uma das cidades havia uma pessoa que atuava como 'intermediário' para o líder do esquema, como funcionários ou pessoas ligadas às instituições de ensino. São essas pessoas investigadas que conseguiam a falsificação dos documentos.
Líder
O líder da quadrilha, Carlos Alexandre de Souza, trabalhava como gerente administrativo em dois laboratórios de análise clínica em Cáceres.
A forma rápida de enriquecimento chamou a atenção dos policiais durante a investigação.
"Havia uma ostentação na residência dele [do líder], que foi construída rapidamente em dois meses e veio causando uma estranheza de como ele teve facilidade em construir essa residência, além de usar veículos de porte caríssimos", comentou a delegada Regional de Cáceres, Elizabete Garcia dos Reis.
A mãe do líder foi presa em Fernandópolis (SP), onde morava e cuidava de um outro escritório usado pela quadrilha.
"Em cada estado ele tinha um intermediário para captação que passava pra ele e depois do dinheiro arrecadado fazia esse repasse [do dinheiro]. Tem universidades que tinham funcionários que faziam essa captação de documentos, que eram entregues aos intermediários", informou a delegada.
Esquema
Segundo uma das delegadas responsáveis pela investigação, Anamaria Machado Costa, o envio, pagamento e recebimento dos documentos eram feitos através de correspondências pelos Correios.
"Ele [líder] cobrava, segundo o interrogatório e as investigações, um valor estipulado em R$ 750 a R$ 1 mil para certificados de nível médio e fundamental. O valor dos certificados para cursos superiores chega a R$ 90 mil. O valor que eles conseguiram na fraude ainda está sendo analisado", disse Anamaria Machado.
As pessoas que queriam os diplomas procuravam o líder da quadrilha em um escritório de um curso preparatório, em Cuiabá, onde o suspeito fazia o contato com escolas e instituições. O total de pessoas que foram beneficiadas pelo esquema ainda está sendo levantado.
"As emissões dos certificados vêm de várias escolas em vários estados. As escolas até agora comprovadas são do Maranhão e do Rio de Janeiro. Sobre as validações [desses certificados] ainda estão sendo investigadas. Em São Paulo existem alguns intermediários dele [do líder]. Existem outros líderes em outros estados", contou a delegada.
As pessoas presas na operação devem ser ouvidas ainda e a operação continua para identificar outras pessoas beneficiadas ou integrantes da organização criminosa.
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