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Polícia

PMs são acusados de agredir e tratar como lixo estudante negro em Cáceres


Por G1/MT

Um estudante de mestrado em ciências ambientais da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, denunciou à polícia ter sido agredido por um policial militar após suposto desacato de autoridade. O jovem de 23 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que ao seguir para a faculdade na tarde de sexta-feira (29) foi abordado pelos policiais, que teriam agido com truculência e um deles dado socos nele.


Ele disse que, quando caminhava, um policial sacou a arma e mandou que ele parasse. Ele então parou e os PMs mandaram que abrisse as pernas e colocasse as mãos na cabeça. Quando o estudante começou a questionar o motivo da abordagem, os policiais teriam ficado mais 'enérgicos e ríspidos'.

 

"A abordagem em si é legal, mas a forma como é feita não é correta. Acredito que um policial não pode apontar a arma para o rosto e se essa arma dispara? Me matariam sem saber meu nome. Me rebaixaram a todo momento, dizendo que eu não tinha capacidade de ter esse nível de formação. Me trataram como um lixo", contou.


Diante da situação, ele disse ter desobedecido algumas ordens. "Me rebelei e desobedi algumas ordens. Pediram meus documentos e falei que era para eles pegarem na carteira, se quisessem. Isso foi o estopim para que ele me algemasse, me jogasse no camburão e me levaram para a delegacia", relatou.


Ele disse que os policiais se uniram ao outros PMs para zombar dele, na sala onde é registrado o boletim de ocorrência. "Diziam que eu era arrogante e que a Unemat estava formando esse tipo de pessoa. Me exaltei novamente, falei: 'já que estão fazendo palhaçada comigo, vocês são palhaços'. Um policial grandão me desferiu vários tapas e socos no rosto. Ele me levantou pelo pescoço e ninguém fez nada para evitar que ele parasse. Apanhei algemado", alegou o estudante.

 

O universitário foi autuado por desacato à autoridade. Ele registrou boletim de ocorrência contra o policial que o agrediu. Ele passou por exame de corpo de delito e fez raio-X no hospital regional do município. "Foi constatada uma lesão no meu nariz e deixei o raio-X lá para que o especialista emita um laudo para que eu possa representar contra o policial", explicou.


O comandante regional da Polícia Militar do município, coronel Alessandro Ferreira da Silva, disse não ter recebido nenhum comunicado sobre o caso. Segundo ele, todo cidadão tem direito de prestar queixa caso os direitos tenham sido violados.


"Nós estamos de portas abertas para recebê-lo, ouví-lo e tomar providências. A princípio, abrir uma sindicância investigatória. Essa sindicância pode se transformar em inquérito se houver indícios de crime e ter a apuração por parte da Justiça Militar ou da Justiça comum, dependendo do crime cometido, se tiver sido cometido", declarou.


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