Sem efetivo suficiente, PRF coloca setor administrativo para desbloquear rodovias

A Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que irá suspender as funções administrativas da instituição para que 100% do efetivo atue na desobstrução das rodovias de Mato Grosso. Segundo o inspetor da PRF, Arthur Nogueira, o órgão está fechando o planejamento para que isso aconteça, seguindo uma determinação da direção geral da instituição.

De acordo com Nogueira, a determinação foi feita pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que foi alvo de um pedido de prisão por parte do Partido dos Trabalhadores após coordenar operações de fiscalização em rodovias federais no último domingo (30), no segundo turno das eleições.

Após a ordem do diretor, a regional faz o planejamento para colocar todo o efetivo nas ruas, uma vez que apenas os servidores que atuam no operacional não são suficientes para concluir a tarefa. “Há toda uma legalidade a ser cumprida. Não é só chegar nas estradas e sair tirando todo mundo. É preciso fazer o planejamento operacional antes”, explicou Nogueira ao RD News.

Barricadas em MT

Atualmente, há 26 pontos de interdição nas rodoviais federais do estado. Segundo a PRF, os pontos mais críticos das interdições são os trechos da BR-163, onde se concentram o maior número de manifestantes em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, e na BR-070, no Trevo do Lagarto.

“A principal dificuldade atualmente é a distância. São 26 pontos distantes mais de mil quilômetros. Não temos força efetiva suficiente para fazer tudo isso simultaneamente. A Capital precisa mandar forças para o interior”, afirmou o inspetor rodoviário.

Ele salientou que a desobstrução deve ser feita mais rapidamente com o efetivo total nas ruas aliado à integração das forças estaduais com as forças federais, como determinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ministro intimou as autoridades a tomarem providências para desbloquear as rodovias imediatamente.

Os motoristas poderão ser autuados em R$ 5 mil pelos bloqueios e os empresários que estiverem oferecendo logística e apoiando as interdições podem ser multados em até R$ 17 mil.

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