Apontado como o intermediador de um dos maiores esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso, o ex-secretário de Fazenda, o apresentador de TV, Eder Moraes (PMDB), preso no dia 20 do mês passado, na Operação Ararath, da Polícia Federal, Eder, voltou para o presido da Papuda, em Brasília, nesta segunda-feira (02).
Segundo informações, o ex-secretário foi solto por engano, já que pesava contra ele dois mandados de prisão, um do Supremo Tribunal Federal – STF e Tribunal Regional Federal – TRF - da 1ª região.
A prisão expedida pelo Supremo foi revogada na última sexta-feira (30), já a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal não foi revogada e, por isso, o ex-secretário deveria continuar preso. Eder não poderia ter sido solto, já que a outra decisão continuava em vigor.
O esquema de lavagem de dinheiro desviou dos cofres públicos cerca de R$ 500 milhões por meio de um 'banco clandestino'.
A defesa de Moraes ingressou com pedido de revogação da prisão junto à 5ª Vara, além de um pedido de habeas corpus no TRF da 1ª Região e uma petição no STF com a intenção de conseguir a liberdade do acusado.
Conforme publicados por alguns veículos de comunicação sobre a vinda do ex-secretário para Cuiabá, tudo não passou de especulações. Eder não veio para Cuiabá e permaneceu no DF. Os motivos de sua permanência em Brasília não foram divulgados.
Longe de esposa e “amigos”
Quando recebeu a liberdade, o ex-secretário estava impedido pela Justiça de aproximar-se da própria esposa, Laura Tereza da Costa Dias. E também dos “amigos” o senador Blairo Maggi, Silval Barbosa, Humberto Bosaipo, Sérgio Ricardo, Alencar Soares, Evandro Stabile, Paulo Prado, Marcos Regenold, Júnior Mendonça, Cláudio Mendonça, Fernando Garutti, Vivaldo Lopes, Geni Martelli, Kleber Tocantins, Alex Tocantins, Luís Carlos Cuzziol, Leandro Valoes Soares (filho de Alencar Soares), Vanessa Navarro Alvarenga, Roberto Alvarenga, Gloria Aparecida Navarro Alvarenga, Marcos Tolentino da Silva e Alex Montnari Ortolan.
Todos dessa relação fazem parte do rol dos investigados pela Policia Federal e Ministério Público Federal.
Conforme a denúncia assinada pela procuradora Vanessa Scarmagnani Zago, o ex-secretário incorreu por 14 vezes na prática de operação de instituição financeira, sem autorização ou mediante autorização obtida com declaração falsa, inclusive com distribuição de valores imobiliários ou de câmbio; ele também é acusado, nove vezes, pela prática do delito de ocultar, ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.