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PANDEMIA

Ministro da Saúde defende que eleições municipais sejam adiadas para não atrapalhar combate ao Covid-19

Para Luiz Henrique Mandetta (Saúde), ações 'políticas' podem atrapalhar o combate à pandemia. Ele deu a declaração durante teleconferência com prefeitos de capitais.


Por Fábio Amato, G1

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Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu neste domingo (22) que as eleições municipais deste ano sejam adiadas para que ações "políticas" não prejudiquem as medidas que estão sendo adotadas para o enfrentamento da epidemia de coronavírus.


Em teleconferência com prefeitos de capitais, ele também informou que está sendo estudada a possibilidade de antecipar a formatura de estudantes de medicina para permitir que eles ajudem no tratamento aos doentes durante a crise.


"Eu faço até uma sugestão para você discutirem. Está na hora de olhar e falar assim: 'ó, adia, faz um mandato tampão desses vereadores, desses prefeitos'. Eleição no meio do ano é uma tragédia, vai todo mundo querer fazer ação política", disse Mandetta.


O ministro deu a declaração em meio a conversa com o prefeito de Belém (PA), Zenaldo Coutinho, que reclamou da dificuldade de contato com a secretaria estadual de Saúde do Pará.

 

Alunos de medicina

 

Aos prefeitos que participaram da teleconferência, Mandetta disse que o governo vai antecipar a formatura dos alunos de medicina que estejam no sexto ano e que "falta um mês, dois meses para se formar."


"Vamos acelerar, esses meninos são jovens. Eles não têm experiência mas eles podem fazer uma parte do atendimento. Eles têm 7.300 horas de capacitação. Faça uma imersão para eles, não para coloca-los no CTI, mas ele pode muito bem ajudar e trabalhar muito com aquela massa que está atrás", disse o ministro.


A assessoria do Ministério da Saúde informou mais tarde neste domingo que a medida está sendo discutida com o Ministério da Educação.


Na sexta (20), o Ministério da Educação já havia publicado portaria que autoriza estudantes de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia a fazer estágio em unidades onde poderão auxiliar o combate à pandemia de coronavírus no país.


Os estudantes serão alocados em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, rede hospitalar e comunidades, atuando exclusivamente nas áreas de clínica médica, pediatria, saúde coletiva e apoio às famílias, de acordo com as especificidades de cada curso.


A permissão será temporária, enquanto durar a emergência em saúde pública, e é válida para estudantes dos dois últimos anos do curso de medicina e do último ano dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia.

 

Respirador

 

Mandetta disse ainda que o governo federal está projetando, junto com uma universidade e empresas, a produção de um respirador básico para ser distribuído no país e que vai auxiliar no tratamento de doentes infectados pelo novo coronavírus.


Na conversa, ele afirmou que, devido à alta da demanda provocada pela epidemia, o Brasil, assim como outros países, enfrenta dificuldades para comprar esses respiradores, que são usados principalmente em pacientes internados em UTIs.


"Você sonha com uma Ferrari, mas nós estamos desenhando com a Coppe-Rio, com algumas unidades do Brasil de produção, um respirador, um fusquinha, para que a gente possa ter com muita capilaridade", disse Mandetta.


Coppe é o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Mandetta disse que o país tem duas empresas que produzem esse tipo de respirador, que as duas estão produzindo na capacidade máxima e que o governo brasileiro barrou as exportações desses equipamentos para que atendam à demanda interna.


Ele afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro está fazendo um "chamamento" para que empresas que tenham "similaridade" possam ajudar na produção de peças e no aumento da fabricação de respiradores.


Mandetta também afirmou que vai avaliar a possibilidade de renovar automaticamente o contrato de médicos que atuam no programa Mais Médicos.


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