A desigualdade de renda continua a marcar o mercado de trabalho em Mato Grosso. Dados da Síntese de Indicadores Sociais 2025, divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam que trabalhadores pretos e pardos receberam, em média, 30,1% menos que trabalhadores brancos no estado em 2024.
De acordo com o levantamento, a renda média dos trabalhadores brancos foi de R$ 4.297, enquanto a de pretos e pardos ficou em R$ 3.006. A disparidade também é observada entre homens e mulheres: elas ganharam 25,6% menos que eles — rendimento médio de R$ 2.843, contra R$ 3.823 dos homens.
Embora Mato Grosso registre uma das menores taxas de desemprego do país, de 2,7%, o estudo evidencia que raça e gênero seguem influenciando o acesso às vagas melhor remuneradas e aos postos mais estáveis.
A taxa de desocupação no estado caiu 0,7 ponto percentual em relação a 2023, mas a redução não alcançou todos os grupos de forma igual. Entre pessoas brancas, o desemprego foi de 2,1%; entre pretos e pardos, 2,9%. Já entre mulheres, a taxa chegou a 3,7% — quase o dobro da registrada entre homens (1,9%).
O estudo também mostrou que 64,2% dos trabalhadores mato-grossenses estavam em empregos formais. A formalidade foi maior entre brancos (67,8%) e menor entre pretos e pardos (62,6%).
O rendimento domiciliar per capita em Mato Grosso apresentou crescimento de 9,9% em 2024, alcançando R$ 2.245 — alta superior à média nacional (4,9%) no mesmo período. Ainda assim, a concentração de renda se manteve alta.
O Índice de Palma, que compara a renda dos 10% mais ricos com a dos 40% mais pobres, ficou em 2,34. O Índice de Gini recuou levemente, de 0,453 para 0,442, mas segue indicando forte concentração, especialmente na capital.
Em Cuiabá, o coeficiente de Gini chegou a 0,510, refletindo uma desigualdade ainda mais acentuada.
Nos indicadores educacionais, o estado registrou avanços. Em 2024, 94,2% das crianças de 4 a 5 anos estavam na escola, a maior taxa do Centro-Oeste. Entre adolescentes de 15 a 17 anos, o índice foi de 93,3%.
Apesar disso, o estudo revela desigualdades persistentes na escolaridade adulta: apenas 4,6% da população com mais de 25 anos concluiu o ensino superior, enquanto 6,5% não possuem instrução formal.
Crimes foram motivados, principalmente, por términos de relacionamentos e ciúmes, aponta levantamento do MPMT.
A cerimônia de entrega do troféu e certificados está marcada para 14 de março de 2026, no Salão de Eventos da APAE, em Araputanga.
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