O município de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, está sendo avaliado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pode se tornar o sexto geoparque do país. A avaliação começa nesta sexta-feira (9) e segue até o dia 14 de junho. A área está localizada na região centro-sul de Mato Grosso e conta com 6,2 mil quilômetros quadrados.
— Leia também: Maior caverna de Mato Grosso é aberta a visitação em Curvelândia.
Conforme o estudo elaborado pelos pesquisadores Caiubi Emanuel Souza Kuhn e Flávia Regina Pereira Santos, a cidade possui rochas do período paleozoico –era geológica em que surgiram os primeiros animais com esqueleto externo, que guardam fósseis de quando Chapada ainda era mar e a terra era habitada por dinossauros, há aproximadamente 300 milhões de anos.
Ainda de acordo com a pesquisa, o oceano, que existiu na região de Chapada, foi secando e desaparecendo com o tempo, até formar uma cordilheira que se estende até Corumbá (MS) e Bonito (MS). O processo aconteceu entre 500 milhões e 1 bilhão de anos atrás.
Atualmente, existem 177 geoparques no mundo, reconhecidos pelo Unesco, em 46 países, sendo cinco no Brasil, que ficam localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Consta na pesquisa que a criação do Geoparque Chapada dos Guimarães vai ajudar a conservar o território para que, futuramente, a população possa ser beneficiada.
“Um dos principais benefícios que o município vai adquirir com o título de geoparque é a visibilidade e o reconhecimento internacional, porque isso que vai auxiliar no fortalecimento do turismo e, consequentemente, na economia local, de forma que os produtos e artesanatos vão ser mais comercializados. Além de que vai auxiliar na educação, já que o local será praticamente um laboratório a céu aberto”, disse Kuhn.
Segundo Caiubi, entender os processos geológicos e geomorfológicos, que resultaram na formação do planeta, estimula o desenvolvimento sustentável da região através do geoturismo, que possui um alto valor científico, cultural e cênico.
“No Parque Nacional de Chapada dos Guimarães existem nove sítios geológicos, mas, no município todo, são 25 sítios com diferentes formações geológicas, como, por exemplo, a Cachoeira do Véu de Noiva e a Cidade de Pedra”, explicou.
O conceito de geoparque surgiu com a necessidade de melhorar a conservação de áreas com potencial geológico, ou seja, campo de estudo que mostre a evolução do Planeta Terra. Além de desenvolver o patrimônio natural, cultural e imaterial do local.
Chapada dos Guimarães conta com dunas antigas, que, segundo o estudo desenvolvido pelos pesquisadores, comprovam que, anos atrás, a área já foi um grande deserto. Abaixo das montanhas de areia, no subsolo, está localizado o Aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios de água doce do mundo.
Conforme o estudo elaborado para a transformação do geoparque, Chapada dos Guimarães possui um turismo natural e cultual diversificado, que propiciam explorar a natureza e o ecoturismo que o local possui.
“Na região também existem fósseis de animais marinhos como os braquiópodes e trilobitas, e animais terrestres como os dinossauros. Além disso, o município possui diversas cavernas, cachoeiras, mirantes e histórias que marcaram a mineração de diamantes nos séculos passados”, afirma a pesquisa.
Cronograma da visita de avaliação da Unesco
*Sob supervisão de Kessillen Lopes
FALE COM O POPULAR ONLINE
Para falar com a redação do Popular Online, mande uma mensagem pelo WhatsApp. Curta o nosso Facebook e siga a gente no Instagram.
Repasses serão feitos de forma escalonada, conforme o dígito final do NIS (Número de Identificação Social)
Crimes foram motivados, principalmente, por términos de relacionamentos e ciúmes, aponta levantamento do MPMT.
A cerimônia de entrega do troféu e certificados está marcada para 14 de março de 2026, no Salão de Eventos da APAE, em Araputanga.
O que é Urgente, não pode esperar! Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba alertas de notícias.