Produtor questiona atitudes do presidente da APLO, lamenta bloqueio de estradas e perdas de leite

Diversos Boletim de Ocorrência (B.O) foram registrados denunciando manifestantes da Associação de Produtores de Leite da Região Oeste de Mato Grosso (APLO) de barrar a coleta de leite de produtores que não aderiram ao movimento grevista e sofrerão prejuízos por serem impedidos de entregar seus produtos aos laticínios.
 

Nesta segunda-feira (15), o produtor rural Delair Apolinário de Farias, morador da Comunidade de Altelândia em Jauru (a 408 km de Cuiabá), que entrega leite ao laticínio de São José dos Quatro Marcos (a 315 km de Cuiabá), manifestou sua indignação através de vídeo em que criticou o movimento que está bloqueando estradas e impedindo a venda do leite.

Revoltado com a situação, o produtor criticou os vereadores que estão apoiando os manifestantes e prejudicando os produtores que querem entregar seu produto e questionou as atitudes do presidente da APLO. “Ele foi expulso da Cooperativa. Que exemplo um homem desse tem para acompanhar ele. Se for para acompanhar, tem que ser alguém melhor que eu”, afirmou que os produtores que tem caráter precisam vender o leite para honrar com seus compromissos.

Delair Apolinário  observou ainda que a maioria das pessoas que estão fazendo a greve não gera empregos. “Eles têm bezerros e vacas pra vender, pensam só neles e não no próximo”, frisou.
 

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Por meio de um vídeo, o diretor presidente da Coopnoroeste/Lacbom, Mizael Barreto mostrou cerca de 800 mil litros de leite estocados no barracão e pátio da empresa, por causa de um mercado de baixa venda de produtos lácteos, desde o início deste ano. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso (SINDLAT), Leonir Chaves, alertou que a baixa do preço do leite ocorreu devido à situação de mercado, que prejudicou as indústrias de todo Brasil.

Leonir Chaves  disse ainda, que espera da Associação dos Produtores de Leite da Região Oeste (APLO) compreensão do momento que vivem as indústrias que geram empregos e renda no campo e na cidade. “Não podemos aceitar que haja bloqueios de estradas e ameaças aos produtores que querem continuar tirando e entregando seu leite aos laticínios”, afirmou.

No último movimento de greve, realizado em junho pela Associação dos produtores, o tenente coronel, Sandro Barbosa, do 18º Batalhão de Polícia Militar (PM) de Pontes e Lacerda (a 443 km de Cuiabá), teve que intervir para o desbloqueio de estradas.