O Conselho Tutelar de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) está acompanhando o caso de uma bebê de 6 meses que foi flagrada em um vídeo com a boca tampada por uma fita adesiva para não chorar. As imagens foram gravadas pelo pai da menina, que atribuiu o ato a mãe dela, uma jovem de 18 anos que está com sintomas de depressão.
A conselheira Margareth Dürks, que desde o começo da segunda-feira (21), começou a receber várias denúncias sobre crime de maus tratos envolvendo a menor – com base nas imagens do vídeo. É possível ver o momento em que o pai encontra a bebê na cama, puxa a fita adesiva da boca da menina, que começa chorar em seguida. Ele sai do quarto e fala com a esposa, que está sentada no chão mexendo no celular.
“Ow, cê tá doida? Prega fita na boca da menina? Cê só pode tá doida, né?”, disse o marido à jovem. Ele teria encaminhado o vídeo para uma pessoa há mais ou menos 9 dias, agora as imagens viralizaram.
“No final da manhã, algumas pessoas que me encaminharam atuam no Centro de Referência e Assistência Social, então, fui até o local para verificar a situação. Só sabia que o vídeo tinha sido gravado no bairro Altos da Glória, mas não sabíamos a casa”, explicou Margareth.
Enquanto buscavam pela região, a conselheira descobriu que a jovem que aparece no vídeo trabalhava em um mercado. Mas lá, ela conseguiu encontrar apenas o endereço do pai dela, avô da criança. Ele levou Margareth até a casa da família, mas elas já não estavam lá.
“Ele contou que mãe e filha foram para uma chácara junto com a avó – mãe da jovem –, ressaltou que tinha conhecimento do vídeo, mas não tinha ideia da proporção que ele tinha tomado. Segundo, a mulher levou filha e neta para a chácara após perceber que a menina não estava bem”.
Foi aí que a conselheira descobriu que a jovem mãe está com diagnóstico de depressão e que precisa de tratamento. Mas, antes disso, ela buscava informações sobre a integridade física da bebê. Em conversa por WhatsApp com a avó a criança, ela confirmou que a neta está bem.
“Elas devem chegar nesta terça-feira (22) na cidade e vamos continuar o acompanhamento. Vamos entender o que está se passando nessa estrutura familiar”, declarou a conselheira. A jovem de 18 anos mora junto com o marido, de 26 anos, que é o pai da criança. A conselheira ainda orientou o avô da criança a registrar um boletim de ocorrência. O caso está em andamento.
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