Um novo alerta surge diante dos casos de dengue registrados em Mato Grosso: a saúde dos pacientes oncológicos. Com a imunidade abaixo do normal devido à quimioterapia ou radioterapia, quem está tratando um câncer deve evitar tomar o imunizante contra a dengue, como afirma o oncologista Marcos Rezende.
Dengue e câncer: um alerta
Casos prováveis de dengue continuam sendo registrados em Mato Grosso e, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, foram 8.906 casos prováveis e quatro mortes pela doença, registrados até quarta-feira (6).
Isso traz um alerta principalmente para o grupo dos imunossuprimidos, como pacientes em tratamento contra o câncer.
O oncologista Marcos Rezende lembra que a SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia) não recomenda a vacina Qdenga aos pacientes que estejam passando por quimio ou radioterapia.
Um paciente em tratamento de câncer, que realiza quimioterapia, lida com a queda na imunidade e nas plaquetas do sangue. Esses fatores podem aumentar o risco de contrair doenças virais e a probabilidade de sangramentos no organismo.
Além disso, o imunizante disponível contra a dengue carrega vírus atenuados – fracos ou com baixa capacidade de se reproduzirem – que podem causar problemas de saúde nos pacientes imunossuprimidos, como explica o oncologista.
Evitando a dengue
A recomendação é que cada paciente procure seu especialista, para que ele avalie a possibilidade de receber a dose do imunizante.
Enquanto isso, o conhecido hábito de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue é a ação principal, evitando possíveis novos casos da doença, como explica Marcos Rezende.
O imunizante
O imunizante contra a dengue só é encontrado na rede particular de saúde, já que Mato Grosso ficou fora da lista dos cerca de 29 municípios brasileiros que receberam remessas da Qdenga para serem disponibilizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Segundo o Ministério da Saúde, as 37 regiões que já receberam o imunizante são consideradas endêmicas para a doença. A nova remessa vai completar, ao todo, a lista de 521 municípios, com previsão de entrega na primeira quinzena de março.
Ainda conforme a pasta, foram compradas 5,2 milhões de vacinas neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões.
De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, 85,7% das vítimas não possuiam boletim de ocorrência.
“O Governo do Estado não faz a obrigação que deveria fazer e sobra pra quem? Sobra para o município, que não dá conta”, declarou o parlamentar, após tentar justificar a situação desumana enfrentada pelos pacientes em transporte de hemodiálise.
A iniciativa busca conscientizar a sociedade sobre como a regulação dos serviços de saneamento impacta diretamente na saúde pública, na preservação ambiental e no futuro das próximas gerações.
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